03 agosto, 2010

Aborto é questão de “Segurança Pública”!



Fiquei atordoado com uma matéria transmitida sobre as clínicas clandestinas de aborto, no Fantástico no domingo passado. Primeiro, pela naturalidade daqueles que trabalham nestas clínicas - enfermeiros, médicos, atendentes - todos comportando-se como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. A segunda coisa foi perceber que existia uma malícia por trás daquela matéria. Convencer as pessoas que o aborto é questão de saúde pública e que precisa ser aprovado para ser feito no SUS.
Fiquei estarrecido com a malícia e a intencionalidade daquilo que estava sendo transmitido. Na mesma hora me veio ao coração: aborto não é questão de “saúde pública”, mas de “segurança pública”. O aborto é crime, é assassinato de indefesos, é um espírito malígno que acaba influenciando essa cultura de morte, essa insensibilidade em relação a esses indefesos. Quem vai a Auschwitz fica escandalizado com a atrocidade do nazismo em matar tantos inocentes judeus e cristãos, seis milhões. Espero que as pessoas que acompanharam essa matéria tenham se escandalizado da mesma maneira, pois as democracias doentes do nosso tempo tem matado mais de 60 milhões de inocentes por ano. Muitas dessas nações com a lei do aborto aprovada nos seus países. Aborto é questão de “segurança pública”, porque é assassinato em massa de inocentes.
Gostaria de dizer a você que é eleitor, que vai votar nestas eleições - todos aqueles que apoiam essa idéia de que o aborto é questão de “saúde pública” não merece o nosso voto. Somos cristãos, não podemos aderir essa mentalidade pagã, de sacrificio de inocentes. O que impressiona é exatamente como a mentalidade da Nova Era entrou nas nações: o direito antigamente tinha o homem como centro, hoje querem mudar essa realidade, isso está implicito nas ações das nações, a terra (gaia) que está no centro - por isso, muitas pessoas defendem as baleias, golfinhos, as matas, etc, mas não defendem a vida. Cuidam das formiguinhas e são favoráveis à dizimação de crianças. Isso é assustador! Que Deus tenha misericórdia. Depois trabalho com mais profundidade esse tema.
Logo pela manhã me deparei com uma matéria maravilhosa escrita pelo Reinaldo Azevedo colunista da Veja, com o título: “O Fantástico e o aborto: assim não companheiros. Ou: não se compensa penúria ética de uma tese com números fabulosos”. Ele diz que usaram um método chamado “terrorismo didático”, ou seja, um convencimento pelo horror, que utilizou-se de uma câmera escondida para mostrar que mesmo proibido o aborto é feito à larga. Passando a idéia subliminar de que ao invés de combater os criminosos deveria-se legalizar o crime. Durma meu irmão com esse barulho. Volto a afirmar: aborto não é questão de “saúde pública” e sim de “segurança pública”.
A tese é a seguinte: “uma em cada cinco mulheres já fizeram aborto no Brasil”. Utilizo-me agora de alguns dados que o Reinaldo Azevedo postou em seu blog, e vou usar aspas para mostrar o texto que ele produziu: “De uma pesquisa realizada por um grupo da UnB. Com voz muito pausada, sílabas escandidas de indignação cívico-militante, óculos que anunciam “sou uma pensadora”, a antropóloga Débora Diniz explica o que segue (leiam com atenção):
“A pesquisa nacional de aborto, cobriu todo o Brasil urbano, que são as capitais, e as grandes cidades, ou seja, ficou de fora o Brasil rural, porque não podíamos incluir mulheres analfabetas. As pesquisadoras entraram na casa das mulheres, com uma urna secreta, as mulheres de 18 a 39 anos, elas recebiam uma cédula que constava de cinco perguntas, e uma delas é, ‘você já fez aborto?’. O que nós sabemos é que uma mulher em cada cinco, aos 40 anos, fez aborto. Significam 5 milhões e 300 mil mulheres em algum momento da vida, já fizeram aborto. Metade delas usou medicamento, nós não sabemos que medicamento é esse; a outra metade precisou ficar internada pra finalizar o aborto. O que isso significa? Um tremendo impacto na saúde pública brasileira. Quem é essa mulher que faz aborto? Ela é a mulher típica brasileira. Não há nada de particular na mulher que faz aborto”.
Reinaldo continua mostrando a intencionalidade dos dados inconsistentes: ”
É evidente que se trata de um discurso em favor da legalização do aborto. Ocorre que a fala da antropóloga é um queijo suíço, que só convence os incautos:
1 - Qual é a cientificidade de sua amostragem?
2 - Qual é o tamanho da amostra?:
3 - Quer dizer que “todo o Brasil urbano são as capitais e as grandes cidades”? Quem disse? Segundo qual ciência?
4 - Todas as mulheres do campo são analfabetas?
5 - Se a antropóloga confessa que o Brasil rural ficou fora da “pesquisa”, então é mentira que uma em cada cinco mulheres já fez aborto. Como posso afirmar isso? Ora, é ela quem afirma quando confessa que sua amostra não representa o Brasil.
6 - Se o mal enxergado pela intelectual da voz pausada é o impacto na saúde pública, seria menor tal impacto no caso da legalização? Um aborto legal dispensa a curetagem ou a sucção?
7 - O que a doutora Débora entende por “mulher típica brasileira”? Ainda que fosse verdadeiro o chute de que uma em cada cinco mulheres entre 18 e 39 anos já fez aborto, isso significaria, então, 20% do total. Com a devida vênia, doutora, a “mulher típica” é aquela dos 80% que não fizeram, certo? Por mais que a senhora tente transformar o aborto numa banalidade como “me passa o açúcar”, ele continua, até na sua pesquisa, uma exceção.
Defender a morte de um feto é difícil, reconheça-se. Por isso essa gente gosta tanto de estatísticas e números. Um dado fornecido por uma pesquisa do Instituto do Coração, da USP, foi considerado “espantoso” pelo Fantástico:
“Entre 1995 e 2007, a curetagem depois do procedimento de aborto foi a cirurgia mais realizada pelo SUS: 3,1 milhões de registros”.
Querem ver como, às vezes, falta ao editor ou puxar as orelhas dos repórteres ou usar calculadora que faça apenas as quatro operações (já nem digo ler o conjunto da obra em busca de incongruências)? 3,1 milhões de curetagens em 13 anos dão uma média de 238.461 procedimentos por ano. Atenção! Perguntem a especialistas da área e eles lhes dirão: 25% das gestações resultam em abortos espontâneos. Nascem, por ano, no Brasil, mais ou menos 2,8 milhões de crianças.
Vamos supor, meus caros, só para efeitos de pensamento, que não houvesse um só aborto provocado no Brasil: aqueles 2,8 milhões seriam apenas 75% das gestações — ao todo, elas somariam 3,73 milhões. REITERO: VAMOS FAZER DE CONTA QUE NÃO EXISTEM ABORTOS PROVOCADOS. Ora, só os abortos espontâneos chegariam, então, a 930 mil por ano. Como INEXISTE NOTIFICAÇÃO NOS HOSPITAIS PARA DISTINGUIR CURETAGEM DECORRENTE DE ABORTO ESPONTÂNEO DE CURETAGEM DECORRENTE DE ABORTO PROVOCADO, chega-se à conclusão de que os quase 240 mil procedimentos são um número “espantoso”, sim, Fantástico: ESPANTOSAMENTE BAIXO!
Se encontrarem furo lógico aí, cartas para o blog!
O número significa ainda mais — e mais grave: o SUS não tem, então, estrutura para atender nem mesmo os casos de abortos espontâneos. Imaginem o que poderia acontecer, então, com um aumento da demanda em caso de legalização.
As pessoas defendam o que bem entenderem. Faço o mesmo. Não gosto é que tentem me iludir com estatísticas furadas, que não resistem a uma conta de dividir e a uma regra de três. O que me incomoda na defesa da legalização do aborto é que se tenta compensar a penúria ética da tese com números. E números, lamento, podem auxiliar na criação de uma moral, mas não a substituem”.
É hora de reagirmos, de sairmos da letargia que as vezes como Cristãos nos encontramos. Gente, o Papa Bento XVI diz da “Coerência Eucaristica”. Se você é um Católico que comunga, segundo essa idéia do nosso querido Papa, não pode apoiar e votar em pessoas que são favoráveis ao aborto (mesmo que digam que pessoalmente não o são, mas que é uma situação de saúde pública), pois precisa-se ter coerência com Aquele que Comunga: JESUS! Você acha que Jesus é a favor do aborto? Creio que não, né? “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”(Jo 10, 10).
E você? Qual vai ser sua resposta nestas eleições?

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